Observatório da Copa do Mundo FIFA 2014

O Observatório da Copa do Mundo FIFA 2014 é um canal de informações e de estudos sobre os acontecimentos e os impactos relacionados à Copa do Mundo FIFA 2014. Neste espaço realizaremos pesquisas e debates sobre: mercantilização e politização do futebol na era da globalização, as relações de poder e de exploração da FIFA no Brasil e no mundo, a criminalização aos Movimentos Sociais, a Lei da Copa e também sobre manifestações contra a Copa no Brasil. Este é um trabalho realizado pelo grupo de estudos e pesquisas GEOPOLÍTICA DO FUTEBOL ligado à Universidade Estadual de Goiás - UnU Goiânia - ESEFFEGO.
e-mail: observatoriodacopa2014@gmail.com

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sábado, 8 de março de 2014

A COPA DAS MANIFESTAÇÕES: Não Vai Ter Copa - Goiânia

Movimento "Não Vai Ter Copa - Goiânia"

Goiânia, não será sede da Copa FIFA 2014, (a cidade foi reprovada em 2009 como candidata a sediar os jogos da Copa), mas, já entrou no calendário e na história da Copa 2014, pois no dia 25 de Janeiro vários estudantes, professores, membros do Movimento Frente de Luta Pelo Transporte Público,  e também do Movimento Não Vai Ter Copa Goiânia, além de pessoas da comunidade goianiense em geral, todos contrários aos bilionários gastos públicos do governo com a Copa FIFA 2014, mostraram sua indignação e revolta indo para as ruas do centro da cidade, tomando as principais avenidas com gritos de guerra, faixas e cartazes com dizeres contrários ao mega evento patrocinado pela FIFA. 
Black Blocs com faixas nas ruas de Goiânia

As frases diziam: "FODA-SE A COPA!', "COPA PRA QUEM?" Outras faixas criticavam a forte violência e a repressão do Estado contra os movimentos sociais, ironizando a chamada LEI DA COPA ,cuja intenção principal é garantir os galáticos lucros da FIFA com o mundial e ao mesmo tempo criminalizar os movimentos sociais organizados contra a Copa do Mundo no Brasil, e diziam assim: "Você é contra a Copa? Então você é terrorista". O ato percorreu todo o centro da cidade e em seguida dirigiu-se para a praça universitária. Durante o trajeto grande parte da população apoiava a manifestação com aceno de mãos e buzinadas que soavam dos veículos. Na frente dos manifestantes o grupo dos Black Blocs garantia a segurança e guiava a todos pelo trajeto. Em frente ao Palácio do Governo, na praça cívica, vários pneus e lixo foram queimados como forma de repúdio e protesto pelos gastos públicos com o evento FIFA. Com carro de som e microfone nas mãos, os manifestantes também lembravam a volumosa verba pública (R$ 2.500.000) gasta pelo governo do Estado de Goiás (Marconi Perillo - PSDB) para receber os treinamentos da seleção brasileira de futebol no ano passado (2013), como preparativo para a Copa das Confederações. 
Cartazes contra a criminalização dos movimentos sociais na Copa.
Esse montante de recursos públicos foram gastos com a reforma da sede privada do principal time da cidade, o Goiás Esporte Clube. Mas, ironicamente o técnico da seleção brasileira não aceitou treinar o time no estádio do clube reformado pelo governo estadual, o mesmo alegou que a sede do Goiás, que fica em um dos  bairros mais nobres da capital  goiana (Setor Serrinha), é cercado por altos edifícios, o que facilitaria a observação dos treinos. 
Durante a manifestação algo que chamou muito a atenção foi a quantidade de policiais armados que escoltavam os manifestantes durante todo o percurso. Além de muitos policiais à paisana infiltrados (P2), eram constantes as atitudes de intimidação e de demonstração de força, onde a todo o momento os policiais fardados faziam questão de exibir as armas de fogo que portavam. 
Efetivo e força policial desproporcional à manifestação

Policias nas ruas de Goiânia tentam intimidar manifestantes com armas

Era nítida também a desproporção de força entre os policiais e os manifestantes. Em momento algum justificou-se o quantitativo de soldados militares escalados para o ato, sendo que a maioria das armas dos policiais eram na verdade armas de fogo e não armas não-letais ,recomendadas para manifestações de rua deste tipo.
A população de Goiânia já deu o seu grito contra a Copa do Mundo FIFA no Brasil e com certeza dará continuidade a este movimento NÃO VAI TER COPA, que também ecoa por todo o país.
OLÉ!
Copa pra quem?

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