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Mulher chinesa fabrica materiais da Copa FIFA 2014 em condições de precarização e exploração de trabalho |
A Copa do mundo FIFA 2014 no Brasil traz consigo a realidade do esporte em tempos de globalização e de barbárie, onde o futebol se transforma em espetáculo midiático e em mercadoria a ser consumida por bilhões de espectadores em todo o mundo. E por trás deste "espetáculo" bilionário se esconde a precarização do trabalho, a exploração do trabalho infantil e até mesmo o trabalho escravo, que são na verdade a marca registrada dos chamados produtos padrão FIFA. Na foto acima vemos uma trabalhadora chinesa confeccionando os bonecos mascote da Copa FIFA 2014 no Brasil, onde empresas estrangeiras com filiais instaladas naquele país encomendam produtos os mais variados, com o objetivo de maximizar os lucros através da mão-de-obra mais barata e mais precarizada do planeta, a mão de obra chinesa. Logo abaixo vemos também fábricas de produtos da Copa FIFA 2014 no Afeganistão, onde mulheres confeccionam e fabricas as bolas oficiais da Copa, chamadas de "brazucas". Mais uma vez se percebe a lógica por detrás da geopolítica das fábricas em expandirem seus mercados, países onde os salários são baixos e onde as leis trabalhistas são frouxas ou mesmo inexistentes. E perecebe-se também, através das fotos, a feminilização do trabalho precário em todo o mundo, pois às mulheres são pagos salários menores do que aos homens.
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Mulheres do Afeganistão confeccionam a "Brazuca" a bola da Copa 2014 |
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A forma do trabalho precarizado tem a figura da mulher |
Mulheres do Afeganistão confeccionam a "Brazuca" a bola da Copa 2014 |
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A Geopolítica de instalação das fábricas segue a lógica dos salários baixos e leis trabalhistas frouxas ou inexistentes |
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A feminização do trabalho precário |
Uma das maiores promessas feitas em 2007 pelo governo brasileiro, quando da escolha do país como sede dos jogos da FIFA, era sobre o legado e os benefícios trazidos pela realização da Copa no Brasil com relação à criação de maior oferta de empregos, gerado pelo mega-evento da FIFA.
Mas já em 2014 vemos a realidade desta promessa frustrada, onde a maioria dos empregos gerados até o momento são temporários (menos de 20 mil distribuídos em 12 cidades sedes), acrescidos ainda às constantes greves de trabalhadores ocorridas durante as construções dos estádios, cujas reivindicações eram por melhores salários, cumprimento de carga horária e contra insalubridade e as péssimas condições de segurança no trabalho. Ainda resta falar sobre os milhares de jovens estudantes convocados e selecionados pela internet que farão trabalho voluntário, ou seja, trabalho sem remuneração (gratuito) em plena Copa do Mundo FIFA, onde os lucros (jamais publicizados) de patrocinadores e da própria FIFA ultrapassam a cifra dos bilhões de doláres. Sem esquecer ainda que os gastos públicos somente com a construção dos estádios ultrapassam os 9 bilhões de reais (mais de três vezes o valor orçado inicialmente)
OLÉ!
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